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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Expressões Idiomáticas - Português

Ditos Populares e Expressões

1 - "Cor de burro quando foge" - Uma das hipóteses é que a expressão viria de: "corro de burro quando foge." Outra hipótese é que venha da palavra "burrus" que em latim significa vermelho, avermelhado, ou seja, "correr de alguém vermelho", com raiva. (Referência - Revista Super Interessante, São Paulo, edição 374, Maio/2017.)

2 - "Um idiota joga uma pedra no poço, dez sábios não conseguem tirá-la."  Expressão usada na armênia quando alguém por falta de atenção causa um problema difícil de solucionar. (Referência - Revista Super Interessante, São Paulo, edição 375, Junho/2017.)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Toponímia

Toponímia - É a divisão da onomástica que estuda os topônimos, ou seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução. ë uma parte da linguística, com ligações na história, arqueologia e geografia.  Além dos nomes de localidades, a toponímia estuda nomes do rios e cursos de água.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Carlitos


"Carlitos
Deixou quando morto
mais ou menos isto:
um chapéu preto, roto
dois tocos de cigarro
e um resto de bengala.
Um certo ar de outro
um par de sapatos
a casaca, um lenço
e o sorriso triste 
da alma do rosto."
(Carlos Rodrigues Brandão)

sábado, 12 de abril de 2014

Navio Negreiro

"Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus !
Se é loucura... Se é verdade
Tanto horror perante os céus...
Ó mar porque não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão ?
Astros ! noite ! tempestades !
Rolai das imensidades !
Varrei os mares, tufão !...





Quem são estes desgraçados,
Que não encontram em vós,
Mais que rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz ?
Quem ?... Se a estrela se cala,
Se a vaga é pressa resvala
Como um cúmplice fugaz
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa musa,
Musa libérrima, audaz !




São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz.
Onde voa em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados,
Que com os tigres mosqueados
Combatem a solidão...
Homens simples, fortes, bravos...
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão...






Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormindo à toa
Sob as tendas da amplidão...
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de finado,
E o baque de um corpo ao mar...






Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cum'lo de maldade
Nem são livres p'ra... morrer...
Prende-os a mesma corrente 
-Férrea, lúgubre serpente -
Nas roscas da escravidão.
E assim roubados à morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoite... Irrisão !...
(Castro Alves)


terça-feira, 8 de abril de 2014

Aula de Português

"A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas da minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
no namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério."
(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A Um Poeta

Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No Aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.

Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(Olavo Bilac)


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Tudo São Maneiras de Ver - Fernando Pessoa

"Onde você vê um obstáculo,
Alguém vê o termino da viagem
E o outro vê uma change para crescer.

Onde você vê um motivo para se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...

Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo,
A dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
Percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
A não ser que ele deseje isso.

Cada qual ver o que quer,
Pode ou consegue enxergar.
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura."
(Fernando Pessoa)


domingo, 26 de maio de 2013

A Porta

Eu sou feita de madeira
Madeira matéria morta
Não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.


Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.


Eu sou muito inteligente!

Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho todo mundo
Só vivo aberto no céu.

(Vinicius de Morais)